Por que ainda não encontramos vida alienígena?

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Há muito tempo, cientistas e aficionados procuram por vida extraterrestre no espaço. Essa questão tem fascinado muita gente. Se as formas alienígenas forem mesmo abundantes no universo, como algumas pessoas acreditam, por que os seres humanos não conseguem encontrá-las?

Na ficção existem vários exemplos, de amigos ETs a invasões espaciais, mas na vida real ninguém provou que eles existem.

Segundo os astrônomos, a pergunta “Existe mais alguém lá fora?” é provavelmente a mais importante do mundo. A questão não é apenas encontrar um alienígena. O que significa ser um ser humano? Qual é o nosso futuro? Há algo melhor em outro lugar? O que a evolução pode produzir? Até onde podemos ir? Todas essas dúvidas serão respondidas a partir da aprendizagem de extraterrestres.

Em 1961, um especialista chamado Frank Drake criou uma fórmula para descobrir se estávamos sozinhos na galáxia; uma fórmula que ainda sustenta como os cientistas vêem a questão hoje.

A chamada “equação de Drake” estima a quantidade de civilizações capazes de se comunicar com a Terra. O número estimado em 1961 foi de 10.000. Muitos argumentam contra essa estimativa, já que a equação se baseia em incógnitas. Mas se, apesar de inexato, esse número está perto do correto, porque ainda não temos qualquer evidência firme de uma existência alienígena?

Esta foi uma pergunta feita pelo físico Enrico Fermi já em 1950: “Onde estão todos?”. Ela formou a base do Paradoxo de Fermi, que justapõe as altas estimativas de vida inteligente e a falta de provas apresentadas.

Este “grande silêncio” chama a atenção para o tamanho do universo perante nós, seus “únicos” habitantes. É um paradoxo que ainda tem que ser resolvido de forma satisfatória.

Os astrônomos estimam que haja cerca de 70 sextilhões – ou um 7 seguido por 22 zeros – estrelas no universo visível. Um censo recente mostra que poderia haver um planeta semelhante a Terra circulando 23% das estrelas no céu noturno.

A matemática por si só é uma dor de cabeça. Por essas contas, os cientistas alertam que nós devemos estar preparados para vida extraterrestre, porque elas quase que certamente existem.

Mas muitos cientistas argumentam que, como os seres humanos têm usado a tecnologia de onda para encontrar alienígenas por pouco mais de um século, em relação à idade da Terra, de mais de quatro bilhões de anos, mesmo se alguém estiver lá fora, a janela de oportunidade para ter uma tecnologia semelhante é incrivelmente pequena.

Ou seja, as nossas ondas de rádio, para nossos propósitos de comunicação, já estão mudando de analógicas a digitais, um sinal muito mais complexo de detectar. Da mesma forma, os cientistas podem estar à procura de ondas erradas. Na teoria, nenhum outro planeta habitado deve estar usando a mesma tecnologia, pelo menos a uma distância possível de se fazer contato. Os aspectos práticos de um ET “telefonar para casa” seriam basicamente impossíveis.

Outra teoria é de que com a inteligência vem a destruição. Ou seja, o tempo entre ser capaz de fazer o contato com um extraterrestre e a auto-destruição da espécie é curto. Muitos discordam dessa ideia.

Na verdade, a resposta mais simples para o Paradoxo de Fermi seria de que não existe vida inteligente a se procurar. A própria raça humana é um tanto acidental no universo.

Essa hipótese é conhecida como “Terra Rara”. Nós somos especiais e as condições em que evoluímos são originais. Devido a isso, e a infra-estrutura de nosso planeta, a quantidade de coincidências e circunstâncias que devem ocorrer em conjunto tornam a vida em outros lugares quase impossível.

Frank Drake tem uma resposta ainda mais simples porque a vida não foi encontrada: “Nós ainda não tentamos o suficiente”. Os seres humanos olharam atentamente para apenas algumas milhares de estrelas e poucos canais possíveis no espectro eletromagnético. Isso é sequer o começo. A vida pode estar em 1 de 10 milhões de estrelas. Antes de a encontrarmos, temos um longo caminho a percorrer.
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