89% da população brasileira é cristã, ou seja, tem a Bíblia como livro fundamental. Em teoria, todas deveriam seguir os rigorosos ensinamentos do livro, mas na prática a maioria só finge e fica de boa.

Menos mal, afinal tem algumas passagens, digamos, contraditórias no livro sagrado. Por exemplo a quantidade de monstros assustadores e fantasiosos existentes no livro. Alguns dizem que são metáforas, outros dizem que não existem metáforas na bíblia. Então confira a lista e tire suas próprias conclusões.

Em Jó, um dos mais antigos livros da Bíblia, o Behemoth é descrita como uma criatura gigantesca e poderosa que só pode ser domesticado por Deus. Sua cauda é tão grande que ele “se move como um cedro”. Esta descrição tem levado alguns criacionistas a alegação de que Behemoth era na verdade um dinossauro da era bíblica. Mas a criatura mencionada tem um umbigo, ou seja, não saiu de um ovo com certeza.

Estudiosos menos criativos têm sugerido que o Behemoth é simplesmente uma descrição poética de uma criatura gigante real, como um hipopótamo.

Se há um lugar que é bom para encontrar monstros bíblicos, é o livro do Apocalipse. Ninguém concorda sobre se este livro de “visões” contém descrições de eventos futuros, ou representações simbólicas do passado, mas todos concordam que com certeza tem um monte de monstros.

A “primeira besta de Apocalipse”, assim chamado porque é mencionado em primeiro lugar e ninguém sugeriu um nome melhor, é um monstro de sete cabeças e dez chifres que sobe do mar. Ele também possui os pés de um urso, a boca de um leão, e a aparência geral de um leopardo. Teólogos e estudiosos da Bíblia têm interpretado esse animal como símbolo de tudo, desde o Papado do século primeiro imperador romano Nero.

Já eu diria que é simplesmente um Megazorde. Ou não parece?;

Esta besta, que segue sem surpresas, o primeiro, se levanta da terra. Ela tem dois chifres e fala “como um dragão.” Eu nunca ouvi um dragão falar, mas eu imagino que deve ser assustador. A função dele é a realização de falsos milagres que incentivam as pessoas a adorarem a primeira besta. Ele também permite que a primeira besta para matar qualquer um que não adora-lo. Mais uma vez, as interpretações são variadas: tem sido descrito como um símbolo para tudo, desde o profeta Maomé ao moderno dos Estados Unidos.

Unicórnios são mencionados nove vezes na Bíblia do Rei Jaime, uma tradução medieval feita sob ordem do Rei Jaime I e que até hoje é a oficial da igreja Anglicana. Infelizmente, os linguistas descobriram que re’em, palavra hebraica traduzida como ‘unicórnio’ nesta Bíblia, na verdade, refere-se ao auroque, um antepassado distante da vaca moderna que foram extintos no século 17. Que é uma vergonha, porque unicórnios são muito mais interessantes do que as vacas grandes.
Na verdade, um monte de “criaturas míticas” na Bíblia do Rei Jaime são simplesmente adições por tradutores medievais que estavam mais interessados ​​em ser poética do que em garantir que suas criaturas existiam. Não duvido que esse tipo de erro de tradução não aconteça na versão tradicional da Bíblia.

Esses caras são governados por Abaddon, o anjo do abismo, cujo nome significa “Destruidor”. Como eles aparecem em Apocalipse, obviamente não são gafanhotos normais: em vez disso, eles lembram cavalos de guerra, têm as caudas picadas de escorpiões, rostos de homens, cabelo comprido como o de uma mulher, e usam coroas de ouro e couraças blindadas. Suas Caudas de escorpião são usadas para picar suas vítimas, uma experiência que é tão dolorosa que “os homens buscarão a morte, e não a acharão”. Cacilda!

Este exército épico também aparece nas visões do Apocalipse, embora não possam confundido os Quatro Cavalheiros, os caras que simbolizam Morte, Guerra, Fome e Peste. Aliás, não dá para confundi-los com ninguém. Seus cavalos têm cabeças de leões, caudas semelhantes a serpentes e cospem fumaça, fogo e enxofre de suas bocas. Eventualmente, eles são responsáveis ​​pela morte de um terço de toda a humanidade. São liderados por quatro anjos caídos, o que nunca é bom.

Como Apocalipse, o livro de Daniel é em grande parte composta de visões para simbolizar eventos do mundo real. Em uma dessas visões, Daniel vê nada menos que quatro monstros emergem do mar: um é um leão com asas de águia, que depois é transformado em uma criatura com aparência humana e tem suas asas arrancadas, uma é uma criatura parecida com um urso, um parece um leopardo com quatro asas e quatro cabeças, e um tem dentes de ferro e dez chifres, com o qual ele destrói toda a terra. E acredite ou não, a visão fica mais estranha a partir daí. Dizem que estes animais representam as quatro nações que existiam nos dias de Daniel.

Outra besta do Apocalipse, o grande dragão é descrito como tendo sete cabeças e dez chifres (algo que é típico do Apocalipse). Ele também tem uma cauda capaz de varrer um terço das estrelas do céu. O autor identifica mais tarde este dragão como o próprio Satanás, que luta contra os anjos de Deus e é lançado no inferno.
A Bíblia do Rei Jaime se refere a ‘dragões’ em outros lugares, mas como as menções de “unicórnios”, são erros de tradução. A maioria das versões modernas da Bíblia identifica-los como chacais, hienas ou cobras.

Muita confusão envolve o Nephilim, ou “caídos”, que aparecem em Gênesis e são descritos apenas como a descendência de “filhos de Deus” e “filhas dos homens”. Alguns interpretaram isso como significando a prole de anjos e mulheres humanas (quem disse que anjos não tem sexo?) . Outra explicação, menos interessante é que a passagem se refere à mistura de duas tribos humanas: as descendentes do “piedoso” Seth e e os descendentes do malvadão Cain. Se isso parece muito chato, não se preocupe: há também uma comunidade de Internet que acredita que o Nephilim eram, na verdade, extraterrestres. ETs bíblicos, minha gente!!!

O segundo dos grandes monstros descrito no livro de Jó, Leviatã é uma enorme monstro marinho que não liga para armas humanas, respira fogo, e emite fumaça de suas narinas. Leviatã está provavelmente relacionado a outro monstro chamado Lotã, uma serpente de sete cabeças gigante que representava o caos primordial. Tal como acontece com muitas outras criaturas bíblica, existem algumas teorias menos emocionante que insistem em que Leviatã é apenas uma descrição poética de um crocodilo, apesar de os que crocodilos não respiravam fogo última vez que verifiquei.